sábado, 6 de setembro de 2014

Por entre recordações e memórias

Ó doce tempo
Que me embalas no teu berço
Trazes-me de volta
A memória e nostalgia
Enquanto caminho
Em direcção ao rio
Enquanto por caminhos
De máquinas me guio
Sinto o teu abraço
A tua breve brisa
E recordo o luar daquela noite
A noite que tão ferozmente
Me queres fazer relembrar
Sim    ainda sinto os seus lábios
Sim    ainda vejo as estrelas

Sim    ainda sei o que é amar. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Navegar por entre ventos.

Por ventos já voei,
Por mares naveguei,
Sem mesmo nunca ter tido
Asas para voar,
Um barco para navegar.

Em pesadelos já adormeci,
Com sonhos já acordei
Sem mesmo nunca ter fechado os olhos
E nunca ter visto as estrelas.
Em tempos,
Apaixonado, Traído,
Noutros,
Traidor e um Egoísta.

Vários sorrisos já desfiz,
Desenho todos os dias novos
Para pelo menos acreditar
Que poderei um dia ter asas
Ou até conhecer o alto mar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A voz do teu amor-lobo

Perdido num bosque
Onde sinto o frio a latejar nos meus ossos
Onde nenhum medo é superior
Ao medo de me perder ainda mais
De não encontrar o retorno...
Ao longe, uma bela voz me deixa
Orientado pelo orientador
E sei que reconheço a voz...
Corro na sua direcção
E vejo te:
Uma mulher lindíssima
Vestida em tons de branco e vermelho
Onde ao teu lado
Um lobo branco de olhos intensamente negros
Olha para a lua
E a voz dele me chamou
O seu uivar foi o que me fez te procurar
Pois tu apenas olhavas.
Corri e tentei te abraçar
Mas algo existia, um vidro
Tal maneira fino e transparente
Que eu sentia a tua respiração
Mas não beijava os teus lábios.
Senti que estava preso...
Em tristeza as minhas lágrimas jorram
Até que entendi.

Não sou eu que estava preso,
Eras tu.
Não quiseste ver o meu mundo,
Um mundo onde eu posso parecer perdido
Mas tu serias a minha luz.
Serias muito mais que amada...

E a voz que ouvi não foi a tua
Mas sim a do teu amor que queria ser salvo.