sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Rosa que de encarnada, nada.

Que eu olhe para um jardim
E veja uma rosa.
Que eu saiba que é uma rosa
Apenas pelos seus contornos.
Pois a sua cor é irregular,
Um misto de beldade de cima a baixo.
Onde começa em vermelho
continua em amarelo,
e segue em verde,
azul, lilás, violeta e castanho.
Preto Branco, sombra e luz
tudo isto num só jardim.
Que a própria flor saiba escrever,
e o faça com cores,
e com ela escreva eu o
mais belo poema, que não se apague
com a lágrima de emoção
da pessoa que eu amo
quando ler o poema
que uma rosa coloriu.

14.11.2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lágrima Negra

Que dor, olhar para ti e sentir o teu desprezo
Quanto mais te amo, menos reconheço
Os teus olhos falam pois a tua boca silenciou
O teu caminhar é lento porque a tua alma chorou
Que te tenhas magoado comigo
Acredito e levo a peito
Não sou rosa negra de espinho
nem o nosso amor é perfeito
Sinto pena, por estares a perder penas
neste momento de tristeza porfunda
neste momento que não reflectes nem pensas
envolve-se a solidão na minha alma, inunda
completamente o meu ser
volto a olhar para ti, e aqui,
acabas-te de desaparecer
quando voltas-te a surgir
e após as negras lágrimas
a conversa deu pra descobrir
e abafar as recentes mágoas.

23.10.2008