segunda-feira, 12 de abril de 2010

Noite Triste, Alma Mãe, Sem Asa

Vejo o silêncio que a minha alma me envia
Acordo de um pesadelo mas continuo de olhos fechados
Pois de pesadelo tornou-se visão:
Vejo me a vaguer por entre arvores
O único choro que oiço não é o meu
Mas sim dessas árvores cumplices de noites de amargura.
Com tanta raiva minha já sofreram e peso perdão.
Esse vento que não sabe se lava a cara ou me a transfigura,
Essa brisa irmão que o acompanha
Quente, porem tenho frio nesta noite
Onde as minhas asas não se quebraram
Mas deixaram de existir.
Eternamente esquecido,
Lendário será o meu nome por entre essas criaturas da noite
Por eu ser mortal e me apaixonar por elas
Mesmo sabendo que teria perder o que mais amava.

Hoje, olho me e vejo me descalço a percorrer...
Teria sido mesmo "apenas" uma visão?