quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma depressão, ou só mais um poema de amor?

Tomaria eu banho nas lágrimas da minha alma,
Se elas se decidissem jorrar pelo meu olhar,
Fazer com que eu me senti-se triste
E por essa razão chorar ainda mais...
Por mais que tente,
Atravessar o leito do rio
Serei sempre contrariado,
Sozinho contra a corrente
E ver-te tão próxima e nunca chegar a tocar...
De novo na margem
Relembro aquele único sonho
E sinto

Que não te voltarei a ter em meus braços
Que não te voltarei a beijar
E tu,

Não me voltarás a amar.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A consequência do não

Senti necessidade de te beijar em sonhos
De fechar os olhos e olhar para o leito do meu rio
Onde prosas e poemas habitam,
Onde a minha alma repousa.
Esse mundo,
Onde a alegria de nascer todos os dias
Se junta com a tristeza de lágrimas em Oceanos,
Onde haverá lugar mais puro
Que esse leito onde me deito...
Onde deixo repousar a minha alma?

Esse local, hoje que viajo até lá
Vejo, pela primeibra vez, o guardião desse lugar:

Uma criatura, tão bela ao nascer do Sol
Como ao acordar da noite.
Cada pegada que deixa,
É uma pequena árvore que nasce,
E por onde caminha,
Flores abrem o seu caminho.
É um lobo, de pêlo branco
Iluminado pelo crepusculo,
Olha para mim do outro lado do leito,
E me sorri,
Dando-me a confiança de dormir
Nas penas que as minhas asas deixaram.

Esta noite dormirei sozinho,
Mas um dia,
Esse teu não, terá uma consequência...

O beijo que sonhei, será real... Eu sei que sim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"mas"

Procurar nos teus braços,
Um simples amparo.
Perder-me no teu olhar,
Apenas para ter razões para me encontrar.
Ver no teu leve sorriso,
Só mais um amanhecer...

Sentir-te pois sinto que me sentes...

"mas"

Nunca esta palavra tanto sentido teve.

terça-feira, 1 de março de 2011

O teu leve sorriso

Acordo durante as horas de sono
Perdido em lágrimas
Ao meu lado, um cinzeiro cheio
Do outro, uma garrafa vazia...
Sinto ainda o meu corpo
Dorido pelas misérias,
Magoado pela chuva,
Espancado pelo luar...
Nessa noite caminhei por mundos
Todos eles proibidos,
Em nenhum deles foi desejado,
Em nenhum deles alguma vez esperado...
Até que fui cuspido pela traição
Para um Oceano imenso.
Ao longe, vi uma ilha
No seu porto, uma nau estava,
Mesmo assim decidi lá entrar.
Reconheci o sorriso de um anjo
Mas na cara de uma pessoa,
Um simples mortal...

Esse sorriso permitiu-me
Mais que um beijo,
Mais que possuí-lo,
Ainda mais que ama-lo,
Permitiu-me sorrir outra vez.