terça-feira, 1 de março de 2011

O teu leve sorriso

Acordo durante as horas de sono
Perdido em lágrimas
Ao meu lado, um cinzeiro cheio
Do outro, uma garrafa vazia...
Sinto ainda o meu corpo
Dorido pelas misérias,
Magoado pela chuva,
Espancado pelo luar...
Nessa noite caminhei por mundos
Todos eles proibidos,
Em nenhum deles foi desejado,
Em nenhum deles alguma vez esperado...
Até que fui cuspido pela traição
Para um Oceano imenso.
Ao longe, vi uma ilha
No seu porto, uma nau estava,
Mesmo assim decidi lá entrar.
Reconheci o sorriso de um anjo
Mas na cara de uma pessoa,
Um simples mortal...

Esse sorriso permitiu-me
Mais que um beijo,
Mais que possuí-lo,
Ainda mais que ama-lo,
Permitiu-me sorrir outra vez.

1 comentário:

The same person disse...

De longe o poema mais transparente, mais fantástico que já li de ti.