domingo, 1 de fevereiro de 2009

Encharcado

Traz-me tu, jovem noite, a tua velha experiência.
Tu que de dia poussas na árvore do tempo,
A teu tempo levantas voô como um corvo.
Que as tuas maravilhosas asas cubram e deixem penas
Para que tenhamos pena, e que com pena se descreva.

Traz-me tu, jovem noite, o teu olhar.
Que se confunda com o olho de uma coruja,
Que observa a vitima atensiosamente,
Para que viva permanentemente
Com o titulo de Ser com extrema paciência.

Traz-me tu, jovem noite, o silêncio. O Simples silêncio.
Esse silêncio que se ouve quando um gato passeia,
Esse mesmo ruido maravilhoso de quando a árvore fala.
Esse som que seja interrompido pela chuva
Que obriga-nos a ficar maravilhosamente molhados.

Sinto me enchercado de ti, jovem e eterna noite.