segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Navegar por entre ventos.

Por ventos já voei,
Por mares naveguei,
Sem mesmo nunca ter tido
Asas para voar,
Um barco para navegar.

Em pesadelos já adormeci,
Com sonhos já acordei
Sem mesmo nunca ter fechado os olhos
E nunca ter visto as estrelas.
Em tempos,
Apaixonado, Traído,
Noutros,
Traidor e um Egoísta.

Vários sorrisos já desfiz,
Desenho todos os dias novos
Para pelo menos acreditar
Que poderei um dia ter asas
Ou até conhecer o alto mar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A voz do teu amor-lobo

Perdido num bosque
Onde sinto o frio a latejar nos meus ossos
Onde nenhum medo é superior
Ao medo de me perder ainda mais
De não encontrar o retorno...
Ao longe, uma bela voz me deixa
Orientado pelo orientador
E sei que reconheço a voz...
Corro na sua direcção
E vejo te:
Uma mulher lindíssima
Vestida em tons de branco e vermelho
Onde ao teu lado
Um lobo branco de olhos intensamente negros
Olha para a lua
E a voz dele me chamou
O seu uivar foi o que me fez te procurar
Pois tu apenas olhavas.
Corri e tentei te abraçar
Mas algo existia, um vidro
Tal maneira fino e transparente
Que eu sentia a tua respiração
Mas não beijava os teus lábios.
Senti que estava preso...
Em tristeza as minhas lágrimas jorram
Até que entendi.

Não sou eu que estava preso,
Eras tu.
Não quiseste ver o meu mundo,
Um mundo onde eu posso parecer perdido
Mas tu serias a minha luz.
Serias muito mais que amada...

E a voz que ouvi não foi a tua
Mas sim a do teu amor que queria ser salvo.


quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma depressão, ou só mais um poema de amor?

Tomaria eu banho nas lágrimas da minha alma,
Se elas se decidissem jorrar pelo meu olhar,
Fazer com que eu me senti-se triste
E por essa razão chorar ainda mais...
Por mais que tente,
Atravessar o leito do rio
Serei sempre contrariado,
Sozinho contra a corrente
E ver-te tão próxima e nunca chegar a tocar...
De novo na margem
Relembro aquele único sonho
E sinto

Que não te voltarei a ter em meus braços
Que não te voltarei a beijar
E tu,

Não me voltarás a amar.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A consequência do não

Senti necessidade de te beijar em sonhos
De fechar os olhos e olhar para o leito do meu rio
Onde prosas e poemas habitam,
Onde a minha alma repousa.
Esse mundo,
Onde a alegria de nascer todos os dias
Se junta com a tristeza de lágrimas em Oceanos,
Onde haverá lugar mais puro
Que esse leito onde me deito...
Onde deixo repousar a minha alma?

Esse local, hoje que viajo até lá
Vejo, pela primeibra vez, o guardião desse lugar:

Uma criatura, tão bela ao nascer do Sol
Como ao acordar da noite.
Cada pegada que deixa,
É uma pequena árvore que nasce,
E por onde caminha,
Flores abrem o seu caminho.
É um lobo, de pêlo branco
Iluminado pelo crepusculo,
Olha para mim do outro lado do leito,
E me sorri,
Dando-me a confiança de dormir
Nas penas que as minhas asas deixaram.

Esta noite dormirei sozinho,
Mas um dia,
Esse teu não, terá uma consequência...

O beijo que sonhei, será real... Eu sei que sim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"mas"

Procurar nos teus braços,
Um simples amparo.
Perder-me no teu olhar,
Apenas para ter razões para me encontrar.
Ver no teu leve sorriso,
Só mais um amanhecer...

Sentir-te pois sinto que me sentes...

"mas"

Nunca esta palavra tanto sentido teve.

terça-feira, 1 de março de 2011

O teu leve sorriso

Acordo durante as horas de sono
Perdido em lágrimas
Ao meu lado, um cinzeiro cheio
Do outro, uma garrafa vazia...
Sinto ainda o meu corpo
Dorido pelas misérias,
Magoado pela chuva,
Espancado pelo luar...
Nessa noite caminhei por mundos
Todos eles proibidos,
Em nenhum deles foi desejado,
Em nenhum deles alguma vez esperado...
Até que fui cuspido pela traição
Para um Oceano imenso.
Ao longe, vi uma ilha
No seu porto, uma nau estava,
Mesmo assim decidi lá entrar.
Reconheci o sorriso de um anjo
Mas na cara de uma pessoa,
Um simples mortal...

Esse sorriso permitiu-me
Mais que um beijo,
Mais que possuí-lo,
Ainda mais que ama-lo,
Permitiu-me sorrir outra vez.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vacant

Acordo de mais uma maré de sonhos,
Onde o meu espírito
vagueou,
viajou,
e simplesmente regressa.
O abrir dos meus olhos
É sinonimo de dezespero,
Pois deixei de te ver,
Deixei de te sentir,
Deixei de puder sonhar contigo...
Apenas a minha alma te consegue ver,
Assim feliz
Num parque inexistente,
Onde o teu cabelo são ondas douradas
Onde me perdi tantas vezes.
Os teus olhos, lagoas,
Onde a lágrima é mais uma maré.
O teu sorriso, o desejo
O desejo de alcançar o fruto que Adão negou.

Em sonho beijo-te
Mas abro os olhos e choro...
Pois olhei me ao espelho e um grande nada surge.
Surgi por entre as cinzas
Do último cigarro,
Da última noite,
Das minhas penas, onde não tinha pena para escrever,
Mas tinha pena por não escrever.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em sonho

Percorro a minha alma

Em busca de uma nova luz...

Perco me entre os bosques,

Onde as raízes dos pesadelos que

Já tanto se juntaram aos meus sonhos

Que não sei se vivo a sonhar

Ou durmo em pesadelos.

No entanto, o simples olhar para o céu

E ver te, minha linda estrela

Faz me acreditar,

Que não devia procurar a luz dentro de mim

Mas em ti,

Que os meus sonhos afinal eu podia vive-los

E não precisava de estar acordado

Bastava esquecer-me dos pesadelos da noite

E abraçar-te

Em sonho, viajo quilómetros

Em sonho, vejo te sorrir

Apenas em sonho, posso estar abraçado a tua alma.