quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um simples desabafo

Por cada passo que dou,
Sinto a minha alma mais confusa
Perco o equilíbrio
Numa embriagues de sentimentos
Onde quem amo me deixou de amar
Onde quem eu adoro, não me procura

Onde a rosa que beijei
Agora de espinhos se voltou para mim...

Sempre que me olho ao espelho
Sinto me incompleto
A dúvida instala-se, será que alguma vez
Estive completo?

Sim... Não sou um fragmento...
Sou um todo, um completo Ser...
Então que me falta?
É aquela memória de saber que alguém nos ama?
É aquele sentimento de segurança quando me abraçava?
É simplesmente o amparo das minhas lágrimas que deixou de existir?

Por muito que custe olhar para o passado aprendo com ele.

Terei mudado assim tanto?
Por onde andará a minha alma?

domingo, 3 de outubro de 2010

Olá Bom Dia

Olá, dizia-te eu
Todos os dias ao amanhecer,
Olhava-te da varanda,
Todos os dias ao acordar.
Como estas, estou bem...

E tu, como tens voado?
Sempre de asas abertas
E de penas que não são nada mais
Que a tua almofada a noite
A tua protecção durante o dia...

Onde irás pousar hoje, não sei
Não quero pousar
Quero continuar a voar
Por entre as cidades
Por entre as vidas monótonas
Por todos os rios
E conhecer-me, conhecer-te melhor

É hoje que me irás trazer uma lembrança,
Veremos isso no teu sonho,
Onde todos mundos que visito,
Todas as memórias que tenho
Se tornam vivas
Onde sonhas me presente
E tu sabes que o estou...

Então, até amanhã, Talvez
Mais certo é eu esperar na varanda

E eu espero-te no céu...

Poema dedicado a todas as almas que já nos deixaram.