sábado, 20 de novembro de 2010

O salto

Sento-me na varanda da minha imaginação
E vejo a paisagem cheia de memórias
Os dias em que eu abraçada a ti chorei
Nesses dias onde as lágrimas
Voltaram a jorrar rios irmãos
Vejo os dias onde juntos nos rimos
Por vezes pelas guerras verbais
Que teimavam em sair em direcção ao outro
Nunca magoaram, mas algumas feriram.
Vejo os dias onde caminhamos juntos
Sem rumo
Apenas em estradas paralelas...
Dois sonhos, duas vidas
Que apenas se cruzaram uma vez
E pelo pacto nasceu
Para por ele morrer...

Hoje, nessa mesma varanda
Subo para as grades e sinto pela última vez a brisa
Fecho os meus olhos e enquanto salto
A minha alma pela minha boca diz:

Até algum dia meu amor.


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